NOTAS PESSOAIS

Enquete: O que você faz para atingir a sustentabilidade em seu dia-a-dia?

Já faz uns poucos anos que eu e meu companheiro temos a vontade e um grande projeto para desenvolver, o qual envolve permacultura e sustentabilidade. Este projeto é algo grande e, com certeza, viável e envolve uma grande mudança, tanto em estilo de vida, quanto na forma de ganhar “o pão de cada dia”. O mesmo ainda não teve início, única e exclusivamente, por falta de capital financeiro suficiente. Enquanto isso, vamos buscando viver a vida de forma que não seja totalmente incompatível com nossos princípios e desejos. Precisamos, ainda, viver aqui na “matrix”, contudo não deixamos de buscar a qualidade de vida em nosso dia à dia. “Aquela” de “se matar” “por um futuro”, com certeza não vale à pena para nós. Penso que levar a vida tão à sério não deve valer à pena, no sentido de obter-se bens acumulados e upgrades materiais, ou status conforme posição profissional, já que nada disso poderá ser levado daqui, nem para uma cova na terra, nem para uma outra vida. Por outro lado, entendo que a vida deva ser mais do que levada à sério, quando se trata de saúde, autonomia e segurança alimentar (em outras palavras, estamos falando de sustentabilidade), pois estes atributos são aqueles que deixaremos, ou não, para os nossos descendentes; são coisas que irão permanecer para as outras vidas humanas que aqui ficam e nascem.

Então, queridos amigos…iniciarei a enquete de hoje contando um pouco das pequenas atitudes do meu dia-a-dia, na busca por um estilo de vida mais sustentável em uma área urbana, aqui em minha humilde kitnet alugada! Na sequência, convido vocês a contribuirem com críticas e sugestões nesta busca. Sintam-se bemvindos a contribuir com seu comentário ou, quem sabe, possam mandar seu próprio exemplo aqui para LA BELLE VERTE, seguindo a chamada: O que você faz para atingir a sustentabilidade em seu dia-a-dia?

fotos

Legenda (coisas que faço em minha humilde kitnet): 1) cozinhando em panela de barro. 2) abolindo o uso de microondas. 3) filtro de barro para consumo de água. 4) composteira doméstica para aproveitamento do lixo orgânico. 5) abolindo o uso de plástico filme. 6) diluindo o shampoo em água, antes de usar. 7) utilizando produtos menos agressivos para a limpeza da casa, como vinagre, suco de limão, bicabornato de sódio, álcool e óleo essencial.

1) Cozinhando em panela de barro:

sustentável para a saúde humana,

2) Abolindo o uso de microondas: 

sustentável para a saúde humana,

3) Filtro de barro para consumo de água:

sustentável para a saúde humana,

4) Composteira doméstica para aproveitamento do lixo orgânico:

sustentável para o meio ambiente em muitos aspectos,

5) Abolindo o uso de plástico filme:

sustentável para o meio ambiente,

6) Diluindo o shampoo em água, antes de usar:

sustentável para o meio ambiente, bem como para a saúde humana…

7) Utilizando produtos menos agressivos para a limpeza da casa, como

vinagre, suco de limão, bicabornato de sódio, álcool e óleo essencial:

sustentável para o meio ambiente, bem como para a saúde humana…


Questione e contribua com idéias e reflexões na busca em desenvolver um estilo de vida mais sustentável. Comente, ou escreva para LA BELLE VERTE.


O período menstrual feminino e o auto-conhecimento

A cada novo ciclo menstrual sempre acabo lembrando e vivenciando uma reflexão interna. Me parece ser um momento que envolve, não só uma sensibilidade maior com relação a tudo ao nosso redor, mas também um maior aprofundamento na reflexão de questões que estão `a pipocar e/ou das sensações organísmicas e dos sentimentos que emergem internamente e se fazem presentes.  Junto `a tudo isso, é natural sentir nesses momentos uma pressão mais intensa, a começar pela sensação física corporal, quando nos sentimos enchadas, pesadas e cansadas. Sem falar naquela pressão psicológica, quando ficamos mais reativas diante das situações, por vezes evidenciando mudanças na maneira de agirmos e revelarmos nossa personalidade.

Peguemos um exemplo. De um certo ponto de vista, uma pessoa de personalidade tolerante ao extremo, em um mundo “meio canibal” como o nosso (o qual exige que se imponha respeito ativamente para que se possa manter uma integridade e sanidade), em meio `a TPM, torna-se uma pessoa mais “bem resolvida”, quando esta perde um pouco mais de seu auto-controle, considerando que certas situações da vida demandam que sejamos pontuais ou até ríspidas, infelizmente. Pois veja só como a famosa TPM pode ser também uma dádiva, dependendo do caso, ou do momento.

Parece que as mulheres, em geral, na atualidade possuem cada vez menos consciência da riqueza e do valor da natureza, sobre o valor de processos naturais da vida, como o próprio ciclo menstrual…me dou conta disso quando vejo, não raro, a opção “super feliz” de muitas em utilizar métodos anticoncepcionais que bloqueiam ininterruptamente o fluxo mentrual, para nunca mais ter “este desconforto”. Por um lado pode ser realmente um desconforto, mas a natureza é sábia – sei disso quando uma certa cólica ou sensação de vulnerabilidade física tem a capacidade em fazer-me parar e diminuir o meu rítmo, em fazer-me perceber os fatos de forma diferente, em me presentear de variadas formas com mais sabedoria, me fazendo capaz de transformar, de modificar minha concepção sobre as coisas ou, até, de mudar minhas atitudes.

Quando sofremos, sentimos e pensamos diferente, estamos nos atualizando. A dor não é somente ruim, ela também é boa, ela nos faz crescer e nos engrandece. Quando a dor me faz diminuir o rítmo, tanto o biológico quanto o mental, no fundo me sinto privilegiada e percebo que o organismo feminino possui suas ferramentas de manutenção de um equilíbrio que é integral. Se tenho que trabalhar e terei um dia muito difícil, com certeza não negarei a oportunidade de tomar um “remedinho” para aliviar a dor, mas se eu tiver a opção, pode ter certeza de que optarei por vivenciar essa dor e aproveitar tudo o que ela tem a me oferecer…em favor do auto-conhecimento.



História da capa…

Eis a história da imagem de capa em LA BELLE VERTE. Ela simboliza o início de uma busca “mais ativa” com relação a saúde; o ápice da consciência sobre a responsabilidade e a necessidade de instaurar segurança alimentar, bem como, um estilo de vida que seja sustentável.

O primeiro momento foi uma enorme insatisfação com relação ao fato de não possuir informação ou controle algum sobre a qualidade e procedência dos bens de consumo. O corpo dizendo que algo não está fazendo bem, mas não se pode analisar o que seria, não se tem “dados” suficientes para isso. A pessoa vive em uma grande cidade e paga suas contas, é feliz com seu trabalho e sua família e goza de aparente qualidade de vida…eis que então algo dormente passa a tornar-se intenso: a pessoa está “p” da vida, pois vive uma vida digna e não tem ao menos o direito de saber como é produzido o seu tomate do supermercado, (já que o rótulo não tem a obrigação de informar).

“Você é o que você come!”, mas você nem ao menos “sabe” o que come!!!??? São estes os tempos em que vivemos, uma discreta guerra, fantasiada de convenção. Então a pessoa ficou cada vez mais enlouquecida e foi plantar o que podia, na sacada do seu apartamento, começando com o vasinho do tomate…

Esta imagem simboliza, assim, o início, o despertar para a verdadeira qualidade de vida, para a autonomia, para a recuperação da saúde e busca pela sustentabilidade. Um pouco depois disso, a pessoa descobriu a existência da PERMACULTURA e do TRANSITION MOVEMENT, percebendo que esta mudança já começou e que existe a possibilidade de um futuro melhor, bem como, da própria vida, em um futuro próximo.

 

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